Veja o que muda no uso de câmeras corporais por policiais militares após acordo no STF

  • 09/05/2025
(Foto: Reprodução)
Batalhões com maior letalidade policial terão prioridade no uso de câmeras corporais. Em acordo no STF entre Defensoria Pública, Ministério Público e governo de SP, também fica determinado que câmeras serão acionadas automaticamente de forma remota em grandes operações e incursões em comunidades. Novo modelo de câmera da PM de SP Reprodução Um novo acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (8) estabelece mudanças na política de uso de câmeras corporais por policiais militares em São Paulo. A decisão é resultado de um processo de mediação conduzido pelo STF entre a Defensoria Pública, Ministério Público e entidades da sociedade civil e o governo do estado. Em maio de 2024, o governo de São Paulo já tinha contratado novas câmeras que não gravavam ininterruptamente. Naquela ocasião, especialistas em segurança pública afirmaram que a mudança poderia dificultar investigações de atos de violência policial porque deixaria a decisão sobre ligar ou não o equipamento a cargo dos agentes. Nº de mortos pela PM cai 25% no 1º trimestre em SP após Tarcísio dizer que se arrepende da postura que teve com as câmeras No mesmo mês, o Ministério da Justiça e da Segurança Pública publicou uma portaria que padronizou o uso de câmeras corporais por agentes de segurança pública. A portaria estimula a gravação ininterrupta das imagens, mas não garante que todas as ocorrências envolvendo a Polícia Militar sejam gravadas. As novas câmeras já estavam em fase de testes quando, em dezembro de 2024, a Defensoria - em parceria com as ONGs Justa e Conectas - conseguiu uma decisão favorável do ministro Luís Roberto Barroso condicionando a mudança no sistema de gravação à comprovação técnica da eficiência no novo modelo. Os novos equipamentos foram testados em São José dos Campos e o governo do estado apresentou os resultados. Após uma série de audiências, o acordo foi firmado em maio deste ano. Veja como era antes e como fica: ▶️ ANTES Gravação ininterrupta As câmeras registravam tudo durante o turno, com gravação contínua, sem possibilidade de desligamento manual. 10 mil câmeras em uso O programa contava com cerca de 10.025 dispositivos, sem priorização de áreas mais violentas. Distribuição sem critério de risco Parte das câmeras era destinada a batalhões de trânsito, enquanto regiões com altos índices de letalidade policial continuavam desassistidas. Sem obrigatoriedade em operações críticas O uso não era exigido em grandes operações ou ações em comunidades vulneráveis e após ataques a policiais. Acionamento manual O funcionamento dependia apenas do policial Transparência limitada Não havia dados públicos consolidados sobre a alocação das câmeras, e o acesso às imagens dependia de autorização judicial. ✅ AGORA (com o novo acordo homologado pelo STF) Gravação deixa de ser ininterrupta O novo modelo não grava continuamente. Em vez disso, conta com acionamento remoto e automático pelo COPOM, com gravação retroativa garantida pelo sistema. Mais câmeras: de 10 mil para 15 mil O total de dispositivos aumentará para 15 mil, com 80% alocados em batalhões de alta e média letalidade, como os BAEPS e unidades da Baixada Santista. Uso obrigatório em operações de risco A gravação será obrigatória em: Operações de grande envergadura; Incursões em comunidades vulneráveis; Ações em resposta a ataques contra policiais. Tecnologia de ponta: acionamento automático e por Bluetooth As câmeras podem ser ativadas remotamente pelo COPOM; Também se acionam por proximidade via Bluetooth (raio de 10 metros); Se desligadas manualmente, voltam a gravar automaticamente em até 1 minuto, preservando o conteúdo anterior. Acesso direto e transparente às imagens A Defensoria Pública e o Ministério Público terão acesso extrajudicial às gravações. O portal da SSP divulgará quais batalhões estão equipados, número de dispositivos e normas aplicáveis. Disciplina e fiscalização mais rígidas Policiais que não acionarem corretamente as câmeras poderão ser punidos. Relatórios sobre infrações serão publicados semestralmente. Só 9% das mortes cometidas por policiais em SP têm perícia no local do crime, aponta pesquisa 🗣️ O que diz o governador Tarcísio de Freitas O governador defendeu nesta quinta-feira (8) o novo modelo tecnológico, destacando a sofisticação das câmeras e a economia com armazenamento de dados não utilizados: “A maioria das câmeras hoje grava em baixa qualidade, permite desligamento manual e acaba gerando dados que não têm utilidade. 97% do que é gravado é rotina, o que significa um gasto enorme com armazenamento, que poderia ser usado para comprar mais câmeras”, afirmou. Tarcísio também enfatizou que o novo sistema é mais moderno e alinhado a experiências internacionais: “Mostramos ao Supremo as funcionalidades de última geração, como acionamento remoto via COPOM e Bluetooth. Essa é a mesma tecnologia usada pelo Ministério do Interior da França. Não estamos retrocedendo, mas sim adotando o que há de mais eficiente.” Segundo o governador, o foco agora será em supervisão, inteligência e uso estratégico das gravações, o que, para ele, torna a política pública mais efetiva e sustentável. Número de mortos pela PM cai 25% no 1º trimestre em SP

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/05/09/veja-o-que-muda-no-uso-de-cameras-corporais-por-policiais-militares-apos-acordo-no-stf.ghtml


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