Bolsonaro deixa prisão domiciliar para fazer exames médicos em Brasília
16/08/2025
(Foto: Reprodução) Vídeo mostra chegada de Bolsonaro a hospital de Brasília para realizar exames
O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou a prisão domiciliar neste sábado (16) para realizar exames médicos em um hospital em Brasília.
Abordado por jornalistas, Bolsonaro disse que não falaria.
Segundo seus advogados, o ex-presidente tem apresentado refluxo e soluços. Os exames deverão durar entre seis e oito horas.
Entre os exames indicados estão coleta de sangue e urina, endoscopia e tomografia abdominal. A avaliação foi indicada pela equipe médica que acompanha Bolsonaro.
Sua saída foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele liberou a realização de exames, mas cobrou a apresentação de atestado de comparecimento ao Hospital DF Star em Brasília.
Jair Bolsonaro deixa prisão domiciliar para fazer exames médicos em Brasília
Adriano Machado/Reuters
Prisão domiciliar
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto. A medida foi imposta por Moraes porque o ex-presidente é suspeito de atuar, junto com o filho Eduardo, para tentar interferir no processo em que é réu por golpe de Estado.
Bolsonaro e mais seis réus apresentam alegações finais
Julgamento em setembro
O presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, marcou para 2 de setembro a primeira sessão de julgamento da ação penal da tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro é acusado pela PGR como "principal articulador, maior beneficiário e autor" das ações voltadas à ruptura do Estado Democrático de Direito para se manter no poder mesmo com a derrota para Lula (PT) em 2022.
Eles são acusados dos crimes de
Organização criminosa armada: pratica o crime quem lidera organização de quatro ou mais pessoas, estruturalmente ordenada, com uso de armas, caracterizada pela divisão de tarefas, visando cometer crimes;
Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito: acontece quando alguém tenta com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais;
Golpe de Estado: fica configurado quando uma pessoa tenta depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído;
Dano qualificado contra o patrimônio da União: ocorre quando alguém age para destruir, inutilizar ou deteriorar o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima;
Deterioração de patrimônio tombado: o crime fica caracterizado quando alguém age para destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial.
As penas máximas para crimes atribuídos a Bolsonaro podem levar a uma condenação de 43 anos de prisão. Os ministros do STF também definem as penas.
Medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Arte/g1